27.4.12

Uma correspondência estranha…

Eis, que numa manhã de chuva e frio, sou surpreendido no portão por uma correspondência nada usual. Não fosse o fato de o endereço do remetente ser da Espanha, até passaria despercebido para um segundo momento de maior tranqüilidade, que não fosse a correria matinal rumo ao trabalho.

 Carta1

 

Dando prosseguimento á cerimônia de abertura da mesma, fiquei mais tranquilo ao identificar a logomarca logo acima de uma instituição cultural, imaginando ser alguma espécie de promoção ou comunicado do gênero.

Qual não foi minha surpresa, ao abrir o conteúdo do envelope e encontrar um livro. Um livreto para ser mais específico, mas não do tipo pequeno. Realmente se assemelha em muito a um livro. Parece uma espécie de mini-publicação. Isto tudo só aguçou mais minha curiosidade para saber sobre o que se tratava aquilo.

 carta2

Aumentando ainda mais minha cara de surpresa, o título do tal livreto não era nada esclarecedor, até que eu pudesse ver o que dizia o verso…

 carta3 

“O que afirmo neste livro é uma profecia a muito curto prazo, porque me consta o final do planeta, conheço-o.

Não estou a assustar mas a prevenir, porque tenho angústia por esta pobre Humanidade, já que os fatos não se fazem esperar e não há tempo a perder em coisas ilusórias.”

V.M. Rabolú

 

Com cara de pasmo, e sem entender nada de nada, tratei de guardar o volume, e fazer uma buscar mais apurada no Google afim de saber mais sobre essa publicação antes de absorver o seu conteúdo.

Eis, que depois de um “estou com sorte”, o buscador retorna um site intitulado “Divina Ciência”, e o seguinte resultado:

O planeta Hercólubus e o Final dos Tempos

Este tema trata do fim dos tempos ou final do mundo, anunciado pelo apocalipse de São João.
Hércólubus é um planeta gigante que vem se aproximando da Terra. Na Bíblia ele também é citado com o nome de "Absinto", também é conhecido com o nome de "O Grande Rei do Terror" por Nostradamus, já os antigos Maias, denominaram-no de "Estrela Baal".
Hercólubus traz cataclismos geológicos, aquecimento da Terra, dentre inúmeros outros acontecimentos já profetizados pelos respeitáveis mestres gnósticos V. M. Samael Aun Weor e V. M. Rabolú.

 

Não sou um crente gnóstico, nem nada do tipo. Sou também um pouco cético sobre Nóstradamus e as suas profecias não cumpridas de fim do mundo. Porém, vou tentar achar um tempo vago para a leitura e saber mais a respeito do que seja essa sandice toda, que fiquei sem entender até agora.

Mas isto tudo me leva a pensar sobre:

O que meu nome e endereço postal está fazendo na mala-direta de uma fundação gnóstica, na Espanha?

É muita emoção para uma sexta-feira só… E se isso foi uma trollada, e eu descobrir quem foi o autor da prezepada, já aviso que vai ter volta! kkkk

Até a próxima.

Se chove lá fora, queima aqui dentro.

Bom dia, ou tarde, ou noite. Tudo depende de como está o seu dia, ou seu fuso horário! 

Reclamar das condições climáticas virou mesmice. Isso, já sabemos. Mas realmente é calamitoso pensar em um fim de semana todo chuvoso. 




Para quem possui problemas respiratórios então, é sinal de quase morte, ou de sobrevivência complicada. Isso mesmo, temos de resistir e "sobreviver" a essa enxurrada literal de chuva.

A chuva é gostosa. Concordo. No interior, ela até trás um cheirinho agradável de terra molhada. Mas acredite, em grandes metrópoles como São Paulo, o cheiro de chuva ácida não é nada agradável. Carros submersos em correntes de água intermináveis, filas e mais filas nos pontos de ônibus e um trânsito frustrante. Realmente, enfrentar essas batalhas não é para qualquer guerreiro. Mas como bom brasileiro, não desisto nunca.

Se o tempo está quente, logo vem a reclamação de que as condições de temperatura constantes são insuportáveis. Se chover, está ai a mesma reclamação. O problema é que as condições climáticas exteriores passam a afetar o nosso estado de temperamento emocional e isto sim é um verdadeiro transtorno. 

Saudades daqueles tempos bons, em que a terra molhava, e o ar era agradável. De quando o sol batia na pele, e não queimava ou deixava marcas do tempo quase como um câncer de pele. Isso me remete a pensar como será a situação daqui a algumas gerações, e logo a conclusão de que serão bem piores que a da nossa. Sim, agora já acredito naquela história de que sempre é possível algo ficar pior que está. Mas, faça chuva, ou faça sol, é essa coisa de humor que temos de manter sempre presente. Chovendo alegria nas nossas vidas, e iluminando com sol do sorriso nosso, as tardes chuvosas e torrentes de quem gostamos e mantemos próximos a nós. Sim, isso o mau tempo tem de positivo: Ele aproxima as pessoas! Mesmo que seja em um ponto de ônibus lotado, as pessoas permanecem bem juntinhas umas as outras.

Até a próxima!

26.4.12

O começo do que é para sempre

Olá!

Vim aqui pensando primeiramente como começar isto.

Decidi que como tudo na vida acontece, este cantinho é mais uma daquelas coisas que surgem no meio do caminho sem anúncio, e possuem um porque.


???

Não tem caminho certo, ou pré-definido. Quem foi que disse que tudo na vida precisa de um script, ou um roteiro de acontecimento, para ser real?

Viva o novo, e o inesperado!

Tudo na vida alterna. Tudo na vida muda. E porque não um modo diferenciado de começar o novo? Sem necessidade de dizer nada, sobre qualquer coisa? Foi pensando exatamente nisto, e em tudo o que já existe é que surgiu o começo.

Me peguei esta manhã fazendo um paralelo sobre o meu eu. Refletindo a respeito das coisas que já se passaram pela minha vida ontem, no hoje, e que virão num futuro próximo.

Penso a respeito das preocupações cotidianas, que pouco a pouco dão prioridade aquilo que possui nova importância em nossa vida.

Sinto saudades do tempo em que minhas preocupações cotidianas eram resumidas a localizar minhas malas junto á empresa de motoristas, em Dhahran, cidade próxima da ilha de Bahrain (um pequeno estado insular do Golfo Pérsico).


Golden Tulip Hotel Al Khobar, Arábia Saudita


Lembro como fosse ontem ainda, das instalações de um quarto de hotel, e da confusão feita junto ao pessoal da recepção para dizer que minhas malas haviam sido enviadas através do motorista e que não haviam chegado ainda. 

Quando o meu principal passatempo do dia, era passear pelas alamedas de um shopping, em busca de compras de supérfluos aleatórios.


Al Rashid Mall, Dhahran, Arábia Saudita

Em contraponto com isto, que era algo até bem complicado de se fazer (pense em se comunicar em um inglês que não fosse assim tão bom e compreensível com nativos árabes que aprenderam durante toda a vida um inglês típico do Oriente Médio). 

Lembro bem das emoções sentidas e da contemplação de uma paisagem rústica para os moldes de um país tão evoluído, como a Arábia Saudita, das dunas de areia infinitas no horizonte e dessa contemplação toda.


Deserto as margens da Khobar Highway, que interliga Bahrain á Riadh.

Hoje, numa manhã que começa fria e termina por ficar quente dentre o amanhecer e entardecer, lembro como era saudável o calor seco do clima desértico e como o ar é puro em comparação a poluição de São Paulo, e as manhãs de trânsito interminável no trajeto casa - trabalho.

Trânsito de São Paulo, pelas Manhãs.
Termino essa postagem pensando ainda no que virá pela frente, desejando que tudo seja sempre tão positivo e proveitoso como o que sempre tiro dos momentos de contemplação através das janelas da vida, seja no trânsito caótico de São Paulo, ou no calor intermitente do deserto árabe. O importante em nossas vidas passa a ser o que virá a seguinte, e não mais o que foi ou o que está por acontecer. E são esses pensamentos que tento concluir. Impossível prever a tal da vida e as surpresas que ela trás. Um dia você está subindo as escadas rolantes de um shopping do outro lado do mundo, e no outro descendo o sentido contrário da rodovia num trânsito interminável rumo ao trabalho. São essas as vias da nova rotina. E de dia em dia, fazemos a existência. E assim prossigo, sem muitas novas recentes, ou boas velhas. Apenas com aquilo que tenho e com aquilo que tive. Nada por mais, e nem por menos, até sabe-se lá quando.

Até a próxima!